Dia Internacional contra a Homofobia
Hoje, 17 de maio, é comemorado o Dia Internacional contra a Homofobia. “Comemorar” é um pouco complicado, ainda mais em um país com tantas contradições quando se fala em homofobia.
Estatisticamente falando o Brasil é o país aonde mais se mata gays, lésbicas, travestis e transgêneros, em contrapartida, segundo o site de conteúdo pornô PornHub os termos mais procurados pelos brasileiros estão: travestis, bissexual e lésbicas. Ora, no país aonde mais se mata é aonde se tem mais curiosidade e tesão.
Lembro que na minha adolescência vi pichado em um muro a seguinte frase: “Imoral é tudo o que excita os moralistas”, frase essa que nunca esqueci e que serve de muita reflexão em todos os tempos. Acredito que os ditos moralistas, aqueles que atacam tudo o que é diferente, tem dentro de si o tesão e a vontade de experimentar aquilo que para eles é diferente. E digo mais: eles fazem isso as escondidas, anonimamente, mas diante da sociedade eles discriminam, atacam e matam.
Nesse dia 17 de maio precisamos de mais consciência, aceitação e amor. É fundamental entender que a orientação sexual desta ou daquela pessoa não interfere no seu modo de vida, amar incondicionalmente uma pessoa LGBTQ monstra que você é do bem.
A título de esclarecimento vale saber porque 17 de maio foi o escolhido para ser o dia contra a homofobia. Foi nesta data em 1990 que a OMS (Organização Mundial de Saúde) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde. Uma grande vitória para a sociedade como um todo, mas, como disse no inicio do texto ainda é cedo para comemorar.
Para vocês terem uma ideia somente no dia 08/05/2020 o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou as restrições de doação de sangue por homens gays que estavam em norma da ANVISA, onde só era permitida a doação de sangue por homossexuais que não tivessem feito sexo com outro homem nos 12 meses anteriores à doação.
Em 21/01/2020 o mesmo STF decidiu extinguir uma ação popular contra a resolução nº 01/99 do Conselho Federal de Psicologia em que um grupo de psicólogos ligados a grupos religiosos defendia o uso de terapias para a dia “Cura Gay”.
Esse é o mundo que os LGBTQ são obrigados a viver. Devemos todos juntos, unidos lutar para que essa triste realidade mude, afinal, não é a orientação sexual que faz essa ou aquela pessoa melhor ou pior, é sim o caráter!